top of page

Telemedicina

Teleconsulta, teleorientação e telemonitoramento.

A distância física entre o médico especialista e o paciente não é mais um obstáculo..jpg

Muito relutamos em aceitar a TELEMEDICINA como opção de atendimento na área médica, apesar da tecnologia à distância já ter provado sua importância em diversas situações, como no caso dos pacientes da boate KISS, cirurgias à distância, discussões de casos por meio do TELESSAÚDE no SUS, etc.

Aos poucos e muito impulsionada pela pandemia da COVID19, ela chegou e passou a fazer parte, muito devagar.

Hoje, então aceita pelo CFM e AMB, a TELEMEDICINA se mostra como uma ferramenta que veio realmente para ficar e complementar o nosso trabalho.

Sabemos de suas limitações. Eu sempre fui e sempre serei defensora do exame físico e do contato direto com o paciente. E quem já consultou comigo sabe disso: o exame físico faz parte de praticamente a totalidade dos meus atendimentos.

Situações de consultas que me foram solicitadas nos últimos 2 meses me fizeram ter a certeza de que a TELEMEDICINA é uma necessidade sem volta, e tem me trazido muita satisfação. Darei aqui alguns exemplos que atendi:

1 – Paciente morador do interior do Piauí, em município de 3 mil habitantes, a 300 km da cidade de maior tamanho. Sofre de artrite gotosa (GOTA) há anos, sem diagnóstico adequado e sem tratamento. Uma boa anamnese, observação de sinais por meio do vídeo e exames complementares foram suficientes para devolver a qualidade de vida que esse paciente não tinha há anos, educá-lo a respeito da doença e prevenir sequelas futuras.

2 – Paciente com síndrome do pânico, em que sair de casa é um grande desafio, necessitava de avaliação reumatológica.

3 – Um antigo paciente meu, agora morando em outro país, consultou comigo para dar continuidade ao seu tratamento, tendo em vista a relação de confiança médico-paciente. Um auxílio do médico de família do outro país ajudou no problema da solicitação dos exames.

4 – Paciente do norte do estado do Rio Grande do Sul buscou a teleconsulta pois precisava de uma avaliação especializada sobre o resultado de sua densitometria óssea e tomada de conduta.

Eu mesma já consultei com uma médica de São Paulo, já precisei de opiniões de outros médicos para um caso pessoal e recentemente busquei uma avaliação por TELEMEDICINA de um geneticista a 600 km de mim e essa avaliação (que era muito importante pra mim) foi negada, mesmo se tratando de um caso onde o exame físico é totalmente dispensado.

Então, lembramos todos das limitações dessa ferramenta na reumatologia e no tratamento da dor crônica, mas lembramos também da sua importância. Saibamos que muitas vezes poderemos ajudar quem muito precisa e ajudar muito além do que imaginamos por meio da TELEMEDICINA, dando a oportunidade de todos os pacientes acessarem as especialidades médicas ou o médico que desejarem.

A distância física não pode mais ser um obstáculo.

Dra. Juliana Wispel - 21/07/2022

bottom of page