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Imunobiológicos

IMUNOBIOLÓGICOS são medicamentos que surgiram na prática reumatológica no início deste século, tendo um grande impacto no tratamento dos nossos pacientes, modificando e muito a qualidade de vida e a sobrevida daqueles que são portadores de doenças reumáticas autoimunes, entre elas a artrite reumatóide, as espondiloartrites (artrite psoriásica, espondilite anquilosante, artrite reativa, artrite enteropática), vasculites, lúpus eritematoso sistêmico, entre outras. Alguns exemplos são: adalimumabe, rituximabe, golimumabe, certolizumabe, secuquinumabe, etanercepte, infliximabe, ixequizumabe, guselkumab, etc.

 

Esses medicamentos são produzidos a partir de organismos vivos, em processos extremamente complexos, usando técnicas de biologia molecular. Na reumatologia, são utilizados anticorpos (proteína tipo específica) direcionados contra alvos específicos implicados na causa da doença. Esses alvos são citocinas inflamatórias como o TNF (fator de necrose tumoral), interleucinas IL6, IL17, entre outros.

 

Como cada doença reumatológica possui uma fisiopatologia específica, essas medicações agem de uma forma extremamente direta contra os principais mecanismos implicados em cada doença. Podemos dizer que é o que há de mais moderno e tecnológico nessa área. Não usamos em todos os casos. Há critérios para uso e etapas a serem seguidas para então prescrevê-los.

Os imunobiológicos são de alto custo porém são custeados pelo SUS e planos de saúde após o médico reumatologista avaliar o paciente e indicar o seu uso, observando algumas questões como infecções latentes e ativas (tuberculose e hepatites por exemplo), e vacinas em dia.

 

As terapias mais modernas a nível mundial na reumatologia você tem disponível aqui no Brasil. No caso da artrite reumatóide, nós reumatologistas não aceitamos mais o desenvolvimento das deformidades articulares. Temos ótimos tratamentos disponíveis para todos os pacientes. Mantendo o acompanhamento regular com o seu reumatologista, nos intervalos estabelecidos por ele, fazendo o uso correto das medicações e fazendo os exames regularmente, será possível atingir a baixa atividade da doença ou a remissão completa, prevenindo as sequelas.

Dra. Juliana Wispel

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