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Dor Crônica

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Ao contrário da dor aguda, a Dor Crônica (com duração maior que 3 a 6 meses) não é só um sintoma de uma outra doença, mas é uma nova doença independente. Só no Brasil a sua prevalência gira em torno de 39%. Isso acontece porque a persistência de um estímulo doloroso causa transformações no nosso organismo, levando a um distúrbio no processamento da dor, tanto no local da lesão inicial quanto no nosso cérebro. Essas transformações impedem que remédios comuns (analgésicos e anti-inflamatórios) que antes funcionavam para a dor aguda, agora funcionem na dor crônica. Uma dor que continua depois de 6 semanas, já pode ser considerada suspeita, e se persiste por mais de 3 meses, já é considerada Dor Crônica e precisa ser avaliada por um médico especialista.

 

A dor não é da sua cabeça! Mas ela está lá, no seu cérebro, ocorrendo devido a inúmeras alterações estruturais, de neurotransmissores, receptores, sinapses cerebrais, a nível da medula espinhal até o córtex cerebral. O paciente não é “fraco para a dor”, ele realmente sente a dor. Sente a dor de uma maneira mais precoce e mais intensa que as outras pessoas. Um estudo sobre fibromialgia (que é uma síndrome de dor crônica generalizada) mostrou que pacientes SEM a doença precisaram de um estímulo 2x maior do que aqueles COM fibromialgia para sentir a mesma dor. Num experimento, os pacientes receberam um peso de 2kg no dedão do pé. Aqueles SEM fibromialgia deram uma nota de 2 (numa escala de 0 a 14) para a sua dor, enquanto aqueles COM fibromialgia, deram em média uma nota de 12! Exatamente isso! O paciente fibromiálgico ativa mais precocemente áreas de encéfalo relacionadas à dor, muito antes dos pacientes sem fibromialgia. Muita coisa ainda há de ser esclarecida em relação a isso! E como o cérebro é um só, as emoções, o sono, a ansiedade, também estão relacionados com a dor crônica. Quanto antes você buscar auxílio médico, psicológico, organizar seu sono, estabelecer uma rotina de atividades físicas, melhor!

Compreender a doença, seus sintomas, os mecanismos que levam essa dor a se tornar tão persistente e resistente a muitos remédios, compreender a importância das atividades físicas e demais medidas não farmacológicas no tratamento das dores crônica, é muito importante para o sucesso no tratamento! Entender a função do tratamento e quais os objetivos a serem alcançados. "Quanto tempo demora para as minhas dores melhorarem?" Aproveite a consulta médica para compreender melhor a doença. Busque informações em fontes confiáveis. Se não tiver certeza, peça ao seu médico dicas de locais confiáveis para leitura. Educação sobre a doença também faz parte do tratamento e é uma das chaves para o sucesso! Não deixe de baixar o livro acima: "Lidando melhor com as minhas dores crônicas".

Dra. Juliana Wispel

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