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Bursites e
Tendinites

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BURSITE DA PATA DE GANSO (SÍNDROME ANSERINA)

Pata de Ganso é o nome popular dado a três tendões musculares presentes no joelho e que podem desenvolver tendinite. Esse nome, “pata de ganso”, é dado devido à sua aparência, que lembra uma pata de ganso. Por curiosidade, os três tendões musculares que formam essa estrutura são sartório, grácil e semitendinoso. Quando há inflamação nessas estruturas, há dor na face medial do joelho (na parte “de dentro” do joelho). Ali também há uma bursa, que também pode inflamar e causar dor. É a chamada bursa anserina. A distinção entre bursite e tendinite anserina é clinicamente difícil, devido à proximidade dos tecidos. Por isso, chamamos a dor nesse local de Síndrome Anserina.

 

BURSITE TROCANTÉRICA (SÍNDROME TROCANTÉRICA)

Um desconforto e sensibilidade na região do grande trocânter do fêmur (no lado da coxa) que é muitas vezes persistente e pode até limitar a vida dos pacientes. “Não consigo deitar sobre esse lado” é uma frase que comumente escuto no consultório. Nessa região e ao redor dela se encontram bursas, musculatura abdutora do quadril (que faz a abertura da perna) e o trato iliotibial (estrutura de tecido fibroso na lateral da coxa que se estende da pelve até o joelho). Assim, a dor pode ser causada por tendinite, rupturas musculares dos glúteos, pontos gatilhos e alterações do trato iliotibial. Ela se chama Síndrome Dolorosa Trocantérica, afeta de 10 a 25% da população geral e é mais frequente em mulheres, podendo também ocorrer nos homens. Sua causa é multifatorial e pode ocorrer em qualquer idade.

 

Mas segue abaixo alguns fatores que podem estar envolvidos:

- Sedentarismo;

- Idade mais avançada;

- Sobrepeso;

- Alterações no comprimento das pernas;

- Formato da pelve em mulheres;

- Corredores de longa distância;

- Desequilíbrios musculares / distribuição anormal das forças que atuam no quadril.

 

Um exame médico bem feito pode ser suficiente para o diagnóstico. Exames complementares na maioria das vezes não são necessários. A maioria dos casos pode ser resolvida com o tratamento conservador com uso de medicações por via oral, infiltração de medicação local, medidas gerais, gelo e fisioterapia. Você também sofre com essa dor? Busque avaliação!

DEDO EM GATILHO

Você fecha os dedos completamente e na hora de abri-los um deles tranca. Você não consegue esticá-lo e quando consegue ocorre de maneira súbita e dolorosa com um “click”. Esse é o dedo em gatilho. É uma causa muito comum de dor, edema e perda de função das mãos, sendo muito frequente no consultório. Também chamado de tenossinovite estenosante, ocorre quando o tendão flexor fica preso na base do dedo devido à inflamação e formação de um nódulo no tendão, na região palmar da mão. Este ponto de bloqueio causa o estalido durante a movimentação do dedo. Daí o nome "gatilho", pois descreve a sensação de “engatilhar” e “desengatilhar” o dedo durante o movimento. O uso repetitivo das mãos (como pode ocorrer ao utilizar tesouras pesadas) propicia o desenvolvimento do dedo em gatilho. A artrite reumatoide e gota podem estar associados, além de doenças que afetam os tendões como diabetes mellitus, hipotireoidismo e também pacientes em hemodiálise.

 

O tratamento pode ser feito com:

- Uso de medicações anti-inflamatórias, gelo, terapia de mãos com fisioterapeuta ou terapeuta ocupacional e uso de órteses.

- Em determinados casos, podemos fazer a infiltração com corticoesteróides, que é bastante eficaz em curto prazo, levando à melhora importante da dor e movimento, com uma taxa de recidiva a longo prazo de 11%.

- O tratamento cirúrgico é recomendado no dedo em gatilho refratário ao corticoide ou no gatilho grave.

Dra. Juliana Wispel

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